sábado, 22 de dezembro de 2007

CONCLUSÃO


O comportamento alimentar é complexo, incluindo determinantes externas e internas ao sujeito. O acesso aos alimentos, na sociedade moderna, predominantemente urbana, é determinado pela estrutura socio-económica, a qual envolve principalmente as políticas económica, social, agrícola e agrária. Assim sendo, as práticas alimentares, estabelecidas pela condição de classe social, engendram determinantes culturais e psicossociais.
Com a elaboração deste trabalho pude concluir que o Vegetarianismo é acessível a todos, tanto em termos económicos como por facilidade de aquisição de produtos. Sendo razoável dizer que só não é vegetariano quem não quer. Uma das grandes dificuldades na disseminação do vegetarianismo é, sem dúvida, a nossa resistência à mudança. Mesmo quando todas as evidências apontam num novo sentido, a tendência é muitas vezes continuarmos a fazer aquilo que sempre nos ensinaram. Mas hoje, mais do que nunca, é sabido que o conhecimento, a informação, é de todas a melhor arma. Um vegetariano não tem de forçosamente ser, mas é importante que seja também, uma pessoa bem informada e segura da sua opção alimentar.
Neste estudo foi evidente que para os mais jovens o vegetarianismo, é mais uma questão de moda e, que pelo contrario, os mais velhos demonstram uma maior preocupação com a saúde. É cada vez maior a preocupação com a alimentação, com a saúde e com o corpo. As gerações mais jovens estão cada vez mais pressionadas pela estética e pelo culto do corpo, por isso procuram um estilo de vida saudável.
“Mente sã, corpo são”, é hoje em dia um slogan muito utilizado. A preocupação com a dieta baseia-se acima de tudo com o bem-estar (físico e psíquico). O exercício físico e a alimentação equilibrada são factores essenciais para uma vida mais saudável. Optar pelos alimentos certos e nas quantidades adequadas são atitudes cada vez mais em voga nos dias de hoje.
A comida deixou de alimentar apenas o corpo e passou a alimentar também a nossa identidade, o homem alimenta-se de acordo com a sociedade a que pertence. A alimentação não é apenas uma necessidade biológica, é também um fenómeno social e cultural, como defendia Edgar Morin o ser humano tem de ser encarado como uma unidade bio-socio-cultural.
Se por um lado tal processo de globalização amplia a diversidade alimentar, por outro também a reduz, uma vez que circula um mesmo leque de opções alimentares próprias da globalização. As mudanças na alimentação devem ser entendidas no contexto sócio-cultural da urbanidade no seu contexto objectivo e subjectivo.
A estandardização de certas instâncias das práticas e do comportamento alimentar facilitam as mudanças na alimentação, que vão sendo incorporadas como parte do modo de vida e como consequência deste. Pressionadas pelo poder aquisitivo e pela publicidade, as práticas alimentares vão se tornando permeáveis a mudanças, representadas pela incorporação de novos alimentos, formas de preparo, preparo, compra e consumo.
Com o aprofundamento do tema deste trabalho constatou-se que o vegetarianismo não é uma pratica recente muito pelo contrário, surgiu há cerca de 5 milhões de anos atrás e é cada vez maior o número de pessoas em todo o mundo que têm substituído a habitual dieta omnívora por uma dieta vegetariana, sejam motivadas por cuidados com a saúde, ideias de respeito aos animais, por preservação ambiental ou mesmo por crenças filosóficas.
A diversidade de ideologias dentro do vegetarianismo pode ser retratada pela enorme galeria de celebridades ao longo da história, que vão desde Pitágoras, Platão, Leonardo da Vinci, Gandhi, até ídolos mais actuais como Madonna, Richard Gere ou Brad Pitt, entre tantos outros. O que leva a dizer que actualmente o vegetarianismo “está na moda”.
Numa sociedade actual dirigida para o fast-food, que poupa tempo de preparo e de ingestão e são deslocáveis para qualquer lado, torna-se indispensável chamar a atenção para uma alimentação saudável. Acima de tudo convém criar uma alimentação equilibrada do ponto de vista nutricional e fomentar uma educação alimentar que sensibilize crianças, adultos e idosos para o contacto com todo o tipo de alimentação. È importante que haja uma educação alimentar que promova o bem-estar e a saúde das gerações de hoje, mas também das gerações futuras, essa educação tem de ser feita por todas as identidades educadoras e não apenas nas escolas.

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